Continuam a surgir manifestações de apoio a Juan Jesus na sequência dos alegados insultos racistas dirigidos por Francesco Acerbi. Vários ex-jogadores falaram sobre o assunto, desde Santacroce a Diego Tardelli. O mais recente é o brasileiro Zé Maria.
O ex-jogador do Perugia e do Inter admitiu à Rádio Kiss Kiss Napoli: "Estou surpreendido que essas coisas ainda aconteçam entre colegas e no mundo do futebol em geral. Sempre pregamos que existe irmandade até entre nós jogadores, e aí a gente vê essas coisas. Somos todos bons em falar e não muito bons em executar. O Napoli tem razão em reagir dessa forma e defender Juan Jesus", começou por dizer.
Depois, falou sobre a sua experiência pessoal: "Aconteceu comigo que alguns adeptos não me queriam por causa da cor da minha pele. Quando tive que ir para Verona e o boato saiu nos jornais, o meu agente era Pastorello e ele avisou-me da reação dos adeptos do Hellas contra mim. Naquela época eu não estava mais interessado em ir para lá. Quando vemos o caso Maignan, Thuram e outras figuras do futebol que foram vítimas de racismo, concordamos que durante o período em que jogámos não tivemos coragem de denunciar. Devíamos ter tido força para sair de campo, talvez até tentando contar com o apoio do adversário. Teríamos dado um sinal muito importante", disse Zé Maria, hoje em dia com 50 anos.
