A tragédia no Rio Grande do Sul gerou uma grande incerteza sobre o futuro do futebol brasileiro. Afinal, apenas os times gaúchos devem paralisar os jogos ou todas as equipes devem seguir o mesmo caminho? Neste sábado (11), a CBF exigiu uma resposta imediata dos clubes, cobrando um posicionamento de cada um sobre a situação.
"No que se refere a esse contexto, e considerando que a CBF é a entidade organizadora de diversos outros campeonatos, encaminhamos o presente ofício para os clubes filiados às Federações Estaduais e ao DF, para que se manifestem, de forma clara e urgente, sobre a paralisação recomendada pelo Ministro do Esporte", diz o ofício enviado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Na sexta-feira (10), durante a convocação da Copa América, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, fez uma declaração que vai de encontro ao ofício emitido pela entidade neste sábado (11). Na ocasião, o dirigente afirmou que a confederação não possui um "poder supremo" e que deseja o posicionamento dos clubes sobre a situação.
— Toda decisão relacionada a uma competição — começar, manter, suspender, prorrogar, adiar — será discutida de forma conjunta com os clubes. O poder da CBF não é absoluto. É um poder limitado. Nós respeitamos profundamente todos os setores do Governo, porém a estrutura do futebol brasileiro está no Conselho Técnico dos clubes, que engloba todas as competições. É necessário reunir o Conselho Técnico — afirmou Ednaldo Rodrigues.
Leia também: Thiago Maia enfrenta alagamento e carrega idosa nas costas durante tragédia no Rio Grande do Sul— Ao decidir sobre uma competição, a CBF realiza reuniões do Conselho Técnico da Série A, B, C, D e das competições de base. Se há um pedido de paralisação, informaremos a cada clube, em cada série desses clubes, para que possam se posicionar sobre o documento do Ministério do Esporte. E a partir disso, se for o caso, convocaremos o Conselho Técnico para que possa deliberar. "Podemos parar toda a competição?" — acrescentou o presidente da CBF.
