A disputa envolvendo o vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz, na terça-feira (19), se transformou em um caso policial. À noite, Leandro, o torcedor que foi agredido pelo dirigente, dirigiu-se à 16ª Delegacia Policial da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, e deu seu depoimento.
Leandro Campos da Silveira Gonçalves Júnior, de 22 anos, afirmou que foi mordido na virilha por Braz. O entregador, que trabalha para um aplicativo de entrega, foi à delegacia acompanhado de sua mãe, Patrícia.
Conforme os relatos, dois amigos de Leandro que trabalham no Via Parque souberam da presença de Braz no Barra Shopping. Portanto, a dupla, que faz parte do 2º Pelotão da organizada Torcida Jovem do Flamengo, foi ao local e confrontou o dirigente.
Posteriormente, Leandro apareceu no local, fez suas reivindicações e dirigiu insultos a Braz. De acordo com seu depoimento, ele foi agredido quando virou as costas, e entre as agressões de Braz, ocorreu a mordida na virilha.
Quando questionados sobre como souberam da presença do vice-presidente de futebol do Flamengo no shopping, os amigos de Leandro disseram que "a notícia se espalhou" e que "viram imagens na internet". Logo após, foram socorrer o entregador que havia sido agredido por Braz e um segurança.
O dirigente estava em um shopping na zona sul do Rio de Janeiro, comprando um presente para sua filha, que fazia aniversário no dia seguinte, quarta-feira (20).
A agressão teve uma repercussão tão grande que centenas de pessoas se dirigiram ao local, especificamente em frente a uma loja de joias onde Braz estava. O dirigente permaneceu dentro do estabelecimento, atrás das grades, que foram baixadas pela segurança, por cerca de uma hora.
Quando deixou o shopping, ele foi escoltado por mais de dez pessoas, incluindo policiais e seguranças, enquanto torcedores o insultavam. Um grupo gritava: "Marcos Braz, vá embora, o meu Flamengo não precisa de você".
Leia também: Marcos Braz, dirigente do Flamengo, foi cobrado por um torcedor do Fla e agrediu o rubro-negroSeu pai, Mário Braz, foi à delegacia para acompanhar as investigações. "Vou embora, estou muito revoltado. Quem tem filho ou filha não pode ser agredido dessa maneira. Isso foi planejado. Se eu estivesse lá, teria sido pior", declarou ao canal Paparazzo Rubro-Negro.
Leandro Campos da Silveira Gonçalves Júnior também passou por exames no Hospital Lourenço Jorge e, em seguida, será submetido a um exame de corpo de delito. O vice-presidente de futebol do Flamengo também será encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML).
