Em uma entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira (7), um dia antes de sua estreia no comando da Seleção Brasileira contra a Bolívia, o técnico Fernando Diniz revelou que nunca imaginou que um dia estaria à frente da equipe nacional. O treinador do Fluminense destacou que sempre sonhou em ocupar o cargo mais importante do futebol brasileiro, mas racionalmente nunca achou que teria essa oportunidade.
"Nunca imaginei ser técnico da seleção. Eu sempre trabalho muito focado onde estou. O lugar em que estou no momento para mim sempre é a seleção brasileira. Então, nesse sentido, é aquela seleção que eu sempre tive dentro de mim, a que me cativou, que eu já mencionei mais de uma vez, que é a de 1982, com meus ídolos, que me inspiraram a ser jogador de futebol. Isso sempre está dentro de mim. Então, nesse sentido, eu sonhava com a seleção, mas no sentido racional, de ficar projetando, nunca me projetei para estar aqui. Foi algo extremamente natural, tudo o que está acontecendo", afirmou.
Durante a entrevista, Diniz também foi questionado sobre o trabalho de seu antecessor na seleção brasileira, Tite. O ex-treinador deixou o comando da seleção após a eliminação na Copa do Mundo de 2022, encerrando seu ciclo sem alcançar o sonho do hexacampeonato. Na visão de Fernando Diniz, no entanto, o trabalho de Tite à frente da equipe brasileira foi "excelente", mesmo sem conquistar a taça nas duas edições do Mundial.
"O futebol que eu me proponho sempre visa o resultado. Nunca fica desvinculado do resultado, pelo contrário. Tenho a convicção de que as equipes que jogam bem estão mais próximas de ganhar. Acho que o Fluminense é uma prova disso. Jogar bem te aproxima de um bom resultado. Com os jogadores, vamos conhecendo cada vez melhor, adaptando ao que eles faziam, algo muito bem executado. Eles tiveram seis anos com Tite, um trabalho digno de todos os elogios, muito bem feito, mesmo que não tenha conquistado a Copa do Mundo, foi excelente", argumentou Diniz.
Leia também: 5.000 torcedores viram Diniz no treino para decidir o time titular da Seleção para o jogo contra a Bolívia"Portanto, vamos aproveitar o que eles se sentem seguros em fazer, que é bom, e aos poucos, iremos adaptar algumas coisas do novo estilo de jogo. Os jogadores, nos treinamentos, já começaram a entender e vão aplicar aquilo com o qual se sentirem confortáveis amanhã. Minha exigência será algo que permita que eles se sintam seguros e tenham prazer em jogar futebol", concluiu o treinador.
