Na véspera do clássico entre Brasil e Argentina, o técnico Fernando Diniz explicou sua escolha pela formação com quatro atacantes, destacando que não enxerga esse esquema como uma fragilização do meio de campo. O ataque será composto por Raphinha, Rodrygo, Gabriel Jesus e Gabriel Martinelli. Diniz enfatizou sua visão mais orgânica e coesa do futebol, enfatizando que a agressividade e a adaptação são fundamentais para o sucesso da equipe:
"Eu não enxergo o futebol da maneira que vocês enxergam, que se colocasse mais um jogador, um volante ou meia o time ficaria mais protegido. Não encaro assim. O Brasil na Copa do Mundo jogou com uma formação parecida. O Neymar, que também é atacante, dois pontas abertos, um centroavante, e o Paquetá, com característica mais ofensiva até do que o Bruno Guimarães. Tratam o quarteto como uma coisa inovadora, coisa que não é. O que muda é que tem um novo jeito de jogar, com mais agressividade, e a equipe vai se adaptando, isso leva um pouco de tempo. A minha maneira de pensar o futebol não é departamentalizando o jogo: a defesa fica atrás, o meio de campo fica no meio, e o ataque fica na frente. É um jeito muito mais orgânico, mais junto, todos os jogadores têm que jogar de maneira coesa para a coisa funcionar de maneira mais efetiva", disse.
Sobre as preocupações em relação ao meio-campo argentino e a evitar que Messi seja abastecido, Diniz reconheceu a capacidade do jogador, destacando a importância de conter suas habilidades criativas. Ele ressaltou a necessidade de a equipe brasileira manter suas características enquanto tenta conter a influência de Messi:
Leia também: Diniz fará duas mudanças na escalação da Seleção para o clássico com a Argentina?"O Messi mexe, sobre o meio-campo, não vejo assim, a Argentina jogar com três no meio. O futebol não é isso, os encaixes e a coesão é que vão favorecer ou não no decorrer do jogo. Não tem como não se preocupar com um jogador desse tamanho. E a gente tem que jogar. Não fugir das características e ao mesmo tempo tentar conter toda a capacidade de criação que ele possui", afirmou.
Quanto ao apoio da torcida no Maracanã, Diniz reconheceu que o estádio pode reagir negativamente diante de um desempenho ruim da Seleção, mas ele espera que o time possa jogar junto com a torcida. O treinador acredita que o ambiente contribuirá para um grande jogo e espera que a equipe faça uma grande partida contra a Argentina:
"Eu acredito que a Seleção que vai contribuir para o ambiente. Concordo que o Maracanã responde de maneira diferente quando as coisas não andam bem. Historicamente é assim. Vai depender de como vai se portar em campo. Espero um grande jogo. É uma equipe de qualidade, tem um dos maiores jogadores da história. A gente se preparou muito para o jogo e espera fazer uma grande partida. Que a torcida consiga jogar junto com o time", completou.
A escalação do Brasil para o clássico será: Alisson, Emerson Royal, Marquinhos, Gabriel Magalhães, Carlos Augusto; André, Bruno Guimarães; Raphinha, Rodrygo, Gabriel Jesus e Gabriel Martinelli. O jogo acontecerá no Maracanã, com cerca de 69 mil espectadores esperados, e será o último compromisso da Seleção em 2023.
