A Seleção Brasileira Pré-Olímpica passou por um momento de tensão durante a estadia no Marrocos, onde estava programada para disputar dois amistosos contra a seleção olímpica local. Na noite de sexta-feira (8), o país africano foi atingido por um terremoto de alta intensidade, e a delegação brasileira sentiu os tremores mesmo estando a mais de 700 quilômetros do epicentro. A delegação estava hospedada em Fez e, felizmente, todos os jogadores e membros da comissão técnica estão em segurança. Alguns jogadores compartilharam suas experiências durante o terremoto:
"Sentimos um tremor muito forte, uma sensação terrível. A cama começou a balançar de um lado para o outro. Vi os lustres também balançando. Imaginei logo, Já tinha passado por isso três vezes. Mas ontem (sexta-feira, dia 8) foi forte. Corri para o armário, peguei meus celulares e passaporte e saí correndo, chamando os atletas para que descessem pela escada em busca de um abrigo", disse o coordenador-técnico das Seleções de Base da CBF, Branco.
O lateral Abner compartilhou que, após o susto inicial, a prioridade foi entrar em contato com familiares e amigos para tranquilizá-los:
"Naquele momento, tomamos um susto. Porém, estamos em segurança e isso nos conforta. A gente está falando sobre vidas, um terremoto, uma tragédia, nunca é fácil falar sobre isso, e agora o adversário do próximo amistoso e o próprio jogo ficam de lado. Na hora, pensamos logo em buscar abrigo para ficar em segurança. Em seguida, no meu caso, procurei contato com os familiares e amigos para tranquilizá-los", afirmou.
O meia Paulinho também compartilhou sua experiência com os tremores e destacou a necessidade de tranquilizar seus familiares:
"Eu estava deitado e comecei a sentir a cama tremer. Levantei assustado, olhei para o abajur e vi que estava balançando. Aí, saí do quarto. Foi um susto e buscamos segurança. Fomos muito bem tratados e orientados e seguimos para a área da piscina por precaução, é um lugar mais aberto. Graças a Deus estamos em segurança. Já passei por outros terremotos, no Chile, por exemplo, servindo à Seleção sub-17, mas não com essa intensidade. Ontem (sexta-feira), tive medo, com certeza, num primeiro momento. Depois, a gente fica preocupado em tentar tranquilizar logo os familiares", acrescentou o meia-atacante.
Os jogadores também prestaram solidariedade ao povo marroquino e aos envolvidos nos esforços de busca e resgate após o terremoto, que já deixou mais de mil mortos, de acordo com agências de notícias internacionais. A Seleção Brasileira sub-23 disputou o primeiro amistoso contra a seleção olímpica de Marrocos e foi derrotada por 1 a 0. O segundo jogo entre as equipes está marcado para segunda-feira (11) no Complexo Esportivo de Fez.
