O Athletico Paranaense se destaca como o clube brasileiro que mais lucrou com transferências de jogadores nos últimos 10 anos, de acordo com um levantamento realizado pelo Centro Internacional de Estudos Esportivos (CIES). O clube teve um superávit de 184 milhões de euros (cerca de R$ 980 milhões na cotação atual) entre vendas e compras de jogadores no período de 2014 a 2023.
No cenário mundial, o Athletico ocupa a 16ª posição em termos de lucro com transferências. Outros dois clubes brasileiros também figuram no top 20 global: o São Paulo, em 19º lugar, e o Grêmio, em 20º. O Benfica lidera a lista com ampla vantagem. O sucesso financeiro do Athletico nesse período se deve a vendas significativas de jogadores, como o lateral-esquerdo Renan Lodi, transferido para o Atlético de Madrid, e o volante Bruno Guimarães, vendido ao Lyon. Ambos foram negociados por 20 milhões de euros cada, com variações nas taxas de câmbio na época das transações.
Nesta temporada, o atacante Vitor Roque (foto) foi vendido ao Barcelona em uma operação que pode chegar a 74 milhões de euros (aproximadamente R$ 394,8 milhões), tornando-se a segunda transferência mais cara do futebol brasileiro, atrás apenas da ida de Neymar ao próprio Barcelona. Embora o Athletico Paranaense tenha obtido um grande sucesso financeiro com suas vendas de jogadores, o clube também fez investimentos em contratações, totalizando 37 milhões de euros (cerca de R$ 1,1 bilhão) em gastos com aquisições de jogadores durante o período analisado.
Em comparação, o São Paulo teve um faturamento total maior, com 265 milhões de euros (aproximadamente R$ 1,4 bilhão), impulsionado por vendas de jogadores como David Neres, Antony e Éder Militão. No entanto, o clube realizou investimentos significativos em contratações, resultando em um lucro de 168 milhões de euros (cerca de R$ 894,8 milhões). O Grêmio, por sua vez, investiu 47 milhões de euros (aproximadamente R$ 250,3 milhões) em contratações, mas obteve um retorno financeiro substancial de 212 milhões de euros (cerca de R$ 1,1 bilhão) com vendas de jogadores como Arthur, Everton Cebolinha, Pepê e Matheus Henrique, resultando em um superávit de 165 milhões de euros (aproximadamente R$ 878 milhões).
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Esses números destacam a capacidade dos clubes brasileiros de gerar receita por meio de transferências de jogadores, demonstrando a importância do mercado de transferências no cenário esportivo e financeiro do futebol no Brasil.
