Fernando Diniz apresentou um substituto para Neymar na Seleção e pediu para não pressionar Endrick

O técnico da seleção brasileira, Fernando Diniz, foi questionado sobre quem assumirá o peso de Neymar na seleção, já que o craque estará ausente por cerca de 10 meses devido a uma lesão no joelho. Diniz mencionou cinco jogadores que podem assumir o protagonismo, incluindo Raphinha (Barcelona), Rodrygo e Vinicius Jr. (Real Madrid), Martinelli e Gabriel Jesus (Arsenal). No entanto, ele destacou que não é necessário que eles sintam a pressão de substituir Neymar, salientando a importância de cada jogador fazer o seu melhor sem se sobrecarregar:

"Tem uma geração bem talentosa surgida há dois anos, mais ou menos. Muitos podem assumir esse protagonismo, mas é importante que não se coloque esse peso. Não existe essa necessidade de assumir protagonismo de Neymar. Os jogadores têm que se sentir leves e cada um fazer seu melhor. Aqui há jogadores se destacando no cenário mundial, nos melhores clubes do mundo. Raphinha no Barcelona, Rodrygo e Vinicius Jr. no Real Madrid, Martinelli e Gabriel Jesus no Arsenal", disse.

Além disso, Diniz confirmou que a seleção brasileira atuará com um quarteto ofensivo, composto por Vinicius Jr., Rodrygo, Gabriel Martinelli e Raphinha, no jogo contra a Colômbia pelas eliminatórias da Copa do Mundo. O treinador explicou que a escolha visa aproveitar o bom momento dos jogadores no Real Madrid e destacou a dinâmica e a movimentação da dupla Rodrygo e Vini Jr:

"O Vini não tem jogado só de ponta esquerda, cai do lado, mas tem jogado mais centralizado, fazendo mais gols. O Rodrygo, pela própria característica, tem um encaixe quase perfeito do que penso de futebol. Muito dinâmico, movimentação grande, muito técnico. A característica dele não vai mudar muito. Por mais que marcasse pelo lado, ele jogava próximo do Neymar. Com o Martinelli pode haver essas trocas, com o Vinicius terminar mais pelo lado, até o Rodrygo. Tendência de ter mais volume, movimento e trocas posicionais. Com o Raphinha também, que quando jogou comigo teve muita mobilidade. Aproveitar bem a qualidade desses quatro jogadores para criar dificuldades para as marcações adversárias", admitiu.

Diniz também comentou sobre a convocação do jovem atacante Endrick, do Palmeiras, e pediu que a expectativa em torno do jogador seja tratada com cautela, destacando seu potencial gigantesco e a necessidade de deixá-lo leve para que possa se desenvolver sem pressões excessivas:

"Eu também vou contribuir o máximo que puder, mas com as limitações do tempo. São 24 jogadores para receber atenção. Está sendo bem nutrido no Palmeiras com o Abel com boas informações, por conta disso, e com a idade dele, está tendo esse bom momento, por isso que veio para a seleção. O que puder contribuir, eu vou. Uma das coisas é baixar um pouco a expectativa porque ele não tem que ser um jogador pressionado. A expectativa cria do lado de fora, mas a gente não tem que esperar tudo do Endrick com 17 anos. O que vejo nele é um potencial gigantesco. Pode se tornar um dos jogadores lendários do futebol brasileiro. Por mais que seja uma perspectiva da gente, tem que deixar o Endrick leve, que é a melhor maneira de conseguir produzir e atingir o nível que todo mundo quer. Tem que dar segurança para ele ser ele mesmo. Não tem que mudar, se sentir sobrecarregado. Tirar essa carga, deixar ele mais robusta emocionalmente os desafios que terá pela frente. Muito difícil ser jogador de time grande com 17 anos e toda essa expectativa. Espero que nessa convivência nossa, se eu fosse escolher uma coisa para passar para ele, é que consiga cada vez mais só ser ele mesmo: um jogador de 17 anos muito talentoso e que só gosta de jogar futebol", resumiu.

A seleção enfrentará a Colômbia em 16 de novembro e a Argentina em 21 de novembro.