O goleiro da seleção brasileira, Ederson, comparou os trabalhos dos técnicos Fernando Diniz e Josep Guardiola em relação à posse de bola e ao estilo de jogo. Ele destacou que ambos os treinadores valorizam a posse de bola e a paciência na construção das jogadas para encontrar espaços no setor ofensivo. Ederson observou que uma semelhança entre os dois é a ênfase na posse de bola e na paciência para encontrar espaços em equipes que jogam mais na retranca. Ele citou o exemplo do jogo contra a Bolívia, onde a seleção brasileira usou a paciência para atrair o adversário para um lado do campo e criar espaços do outro:
"Como semelhança tem a posse de bola, que acho que é muito importante hoje, principalmente quando você pega equipes ou seleções que ficam mais na retranca. Você tem que ter muita paciência para achar os espaços corretos. Contra a Bolívia pela estreia nas eliminatórias, aconteceu um pouco isso, atraímos a Bolívia para um lado, e já tinha um espaço do outro. É um jogo mais de paciência. A posse é o que tem mais próximo do jogo de Fernando Diniz do Guardiola, mas as estruturas são diferentes. Aqui com o Diniz, os jogadores são muito mais móveis do que no City", afirmou.
No entanto, o goleiro ressaltou que há diferenças nas abordagens de Diniz e Guardiola. Na seleção, os jogadores são mais móveis, enquanto no Manchester City, Guardiola pratica um jogo mais posicional. Ambos os técnicos gostam de ver seus jogadores tomando decisões em espaços curtos de campo, e realizam treinos semelhantes para desenvolver essa habilidade:
"É a mesma linha de pensamento. O trabalho ali é muito em campo reduzido, no City também. O aquecimento dos jogadores já começa com o bobinho com cinco e dois no meio. É um toque, se torna numa tomada de decisão, tocar rápido", admitiu.
Além disso, Ederson mencionou que em ambas as equipes, ele é introduzido nas sessões de posse de bola e trabalha na saída de bola com os pés, o que contribui para sua capacidade de jogar com os pés e tomar decisões em situações de pressão:
Leia também: Diego Lugano disse que o Brasil teria vencido a Bolívia mesmo sem técnico e goleiro"No City, eu era muito introduzido nas posses de bola, isso faz você ter um bom passe, bom domínio e tomada de decisão em curto espaço. Acontece na seleção também, o Diniz introduz os goleiros na posse de bola, ajuda a jogar com os pés", resumiu.
Essas semelhanças e diferenças nos estilos de Diniz e Guardiola destacam como diferentes técnicos adaptam suas filosofias ao contexto e às características de suas equipes.