Robinho acusa a Justiça da Itália de racismo, afirmando que foi sua cor de pele que levou à condenação de nove anos de prisão por violência sexual em grupo contra uma mulher de origem albanesa. "Se o julgamento tivesse sido de um italiano branco... seria diferente! Sem dúvida! Com a quantidade de provas que tenho a meu favor não seria condenado. Só joguei quatro épocas em Itália [chegou ao Milan em 2010 e saiu em 2014], ainda assim cansei-me de ver histórias de racismo. Infelizmente, isso ainda existe hoje em dia... e estamos em 2024. Os que nada fazem relativamente a isso são os mesmos que me condenaram", disse em entrevista à TV Record o brasileiro de 40 anos, afastado da competição desde 2020.
A sentença, transitada em julgado em 2022 [a primeira condenação ocorreu em 2017], refere-se a um crime cometido em 2013 no Sio Café, uma casa noturna em Milão, na madrugada de 22 de janeiro. Segundo o Ministério Público da Itália, Robinho e outros cinco brasileiros violentaram sexualmente uma mulher albanesa. No entanto, o ex-craque do Milan e da seleção brasileira afirma que a relação foi consensual. "Tivemos uma relação superficial e rápida. Trocamos beijos e depois fui para casa. Em momento algum ela me empurrou ou me disse para parar. Foi consensual! Espero ter no Brasil a voz que não tive lá fora. Não sou aquele monstro!", disse Robinho.
O Supremo Tribunal de Justiça do Brasil decidirá na quarta-feira sobre o pedido do Governo da Itália para que Robinho cumpra a pena em território brasileiro [onde o ex-jogador está], uma vez que o país não extradita seus cidadãos.
